Os Livros Ardem Mal

Le temps des assassins

Posted in Balanço, Notas by Pedro Serra on Domingo, 12-07-2009

Na forja do ser moderno em Portugal, o contratempo do filho morto: “E que fazer se a geração decai! / Se a seiva genealógica se gasta! / Tudo empobrece! Extingue-se uma casta! / Morre o filho primeiro do que o pai!”. No drama extático da “comédia lusitana” chegou a responsabilidade de o pai matar o filho, que é como quem diz, o contratempo do crime como uma das belas artes. De um pai a um filho, num duradouro recanto junto ao Tejo líquido: “– Ena Jorge, tanto peixinho, anda ver o oceanário. – Paaai!”. Eis, pois, o tempo dos assassinos: “– Vai chamar pai a outro”. Contas a liquidar, sempre é tempo de nos rirmos, combativos, com tudo isto.

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